É de facto curioso alguns de nós termos a inclinação, senão mesmo a tendência para puxar ao sentimento, seja por uma imagem, um som, uma vivência, uma provação ou uma transição. O que faz de nós aptos a crescer é a capacidade de olhar para trás, e realizar que tudo o que passou, nos fez crescer.
Quando devaneio, gosto pouco de falar na primeira pessoa; ainda que transcrevendo isoladamente, muito duvido que esteja sozinho no raciocínio. Se assim não fosse, não haveria empatia, muito menos química entre pessoas por mais diferentes que sejam e que se achem; aliás, é mesmo pela diferença de feitios, vivências, idades e educações que por vezes as melhores experiências surgem. Estamos a elas sujeitos durante todo o ano, mas não será o verão mais propício a que certos sentimentos se acentuem? Por menos comum que a "migração" seja, o paralelismo da mesma faz-nos reencontrar amigos e sítios de toda a vida: todos mudaram, em maior ou menor escala, contribuindo para um misto de saudosismo e construção involuntária de um novo futuro. Este misto vem, então acentuar esses mesmos sentimentos. Os dias que por mais compridos que sejam, são por vezes desperdiçados em sono fora d'horas, e as noites aproveitadas como gozo e vontade de diversão, seja ela qual for. É inevitável que se associem certas imagens ou certas músicas a um verão, por serem as formas que melhor nos fazem recordar o que aquele tempo significou. Fica como imagem o inigualável pôr do sol daquela minha praia, e som o "I Gotta Feeling". Não foram raras as vezes que tive o pressentimento que uma noite seria em grande; este ano muitas foram.
domingo, 30 de agosto de 2009
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1 comentário:
Mas porque é que não dá para por tags nas fotografias?!
Sim, esta é a música do verão!
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