Noves fora nada, é a conclusão que a maioria tira ao sair da sala de cinema. Aliás, nada do que escrever aqui é novidade ou começo de uma tendência; o entendimento e a opinião generalizada é de que um filme tão cheio de talento pareça tão vazio.
Chicago, há sete anos, afastou o público da mesma maneira que Moulin Rouge, dois anos antes, o havia atraído e Rob Marshall reincidiu na arrojada tarefa de conduzir ao grande ecrã um premiado e renomado músical da Broadway e, à semelhança do que fez com Chicago não maravilhou, ou mais, piorou. Se com Chicago tinha a fasquia alta para superar, com Nove, tinha-a elevadíssima e espalhou-se tal foi a ambição.
Se formos a ver, não está, tecnicamente, nada de errado com Nove. O (muito) bom elenco está lá, o argumento não destoa, e Rob Marshall sabe filmar de forma agradável, firme e eficaz. mas para um filme desta envergadura, queria-se mais do que a superficialidade; é o que separa um bom número músical ou videoclip de um filme de duas horas.
Se a agora defunta Miramax estivesse ainda em exercício, não era de todo difícil descobrir de onde tinha vindo este filme. Veio dos irmãos Weinstein - que não deixa de ser a mesma coisa - um filme pensado, executado e publicitado para a época dos prémios. E vai tê-los, ou pelo menos, ser nomeado a eles.
Eis a mais pura injustiça de Hollywood: muita parra, pouca uva.
Be Italian
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
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