O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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segunda-feira, 2 de março de 2009

Quando um Rafeiro Vence o Sistema

Será que a Academia vive, de facto de políticas? Hoje em dia cada vez mais somos levados a acreditar que sim. Ninguém engole Crash como o melhor filme de 2005 e Uma Mente Brilhante o melhor de 2002. Forrest Gump melhor que Pulp Fiction? Estas são batalhas e conjecturas que vão ser sempre discutidas, por mais anos que a Academia subsista. Os gostos são subjectivos e filmes há que dizem mais a uns, do que a outros. Por exemplo, Lost In Translation para muitos foi uma coisa sem graça, e para outros (nos quais me incluo) um dos nossos filmes de eleição.
Slumdog Millionaire é um filme que representa uma atitude da academia (que de agora para a frente vai acontecer mais vezes) de reconhecer filmes de baixo orçamento, com caras desconhecidas, e realidades distantes das americanas. Se formos a ver friamente, Slumdog é um filme muito diferente e muito igual ao que já vimos antes. Muito diferente no sentido em que pela primeira vez um filme "indiano" é tão global, o boost do Óscar desperta curiosidade e chama público a ver um filme tão fora do comum. Mas o facto é que não o é. A mensagem é universal, a localização é que não. Não quero com isto estar a tirar primor ao filme, longe disso. É um filme tocante, cheio de amor, e na luta por o ter, reencontrar, reaver e manter. De previsibilidade não está isento, mas também não era isso que se queria. Os filmes mais simples e previsíveis podem ser os mais cativantes, se assim não o fosse, a crítica generalizada não estaria rendida ao filme de Danny Boyle. Não se pode é agradar a gregos e troianos, prova disso é frieza, senão mesmo a aversão que a Índia está a ter ao filme. Não é uma Bollywood, mas é uma Bollywood que Hollywood vendeu ao mundo.

The Sun Always Shines On Tv

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