O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Maitêmjeito?

Por esta hora, poucos devem ter sido os que ainda não viram o vídeo que circula pela net de Maitê Proença a gozar com os Portugueses. O vídeo é de 2007, mas só agora é que estalou a polémica e a fúria. Em 5 minutos, goza abertamente com Sintra, Salazar, com os Jerónimos, e passa-nos um atestado de estupidez com um ar de superioridade e desdém revoltantes. Acho que não é preciso ser-se extremamente patriota para não ficar revoltado ao ver o vídeo. Todos já sabíamos que somos o alvo das anedotas de lá, que a língua que falam é o "brasileiro", que a nossa história e cultura (que lhes serve de génese) lhes é desconhecida; ainda assim, nada nos faria esperar um vídeo tão publicamente escarnoso, tão pouco o podemos encarar como mais uma anedota. O caso é grave. Durante dois anos até à sua ressurreição pelo Youtube, o vídeo por aí andou sem que nenhum feedback tivesse passado do lado de lá do oceano - como interpretar isso senão como um fait-diver? O que se passa no vídeo é indescritível, a reacção das apresentadoras do programa vai pelo mesmo caminho; embarca tudo no mesmo gozo, na mesma falta de profissionalismo e abundante estupidez como a peça em si.
Face a toda esta polémica, surgiram abaixo-assinados online para que a actriz fizesse um formal pedido de desculpas. A minha pergunta é, porquê? Um pedido de desculpas forçado tira-lhe o mérito, além de que aqui nunca o teria - foi um vídeo pensado, aprovado e divulgado.

Confrontada com esta situação, tem a destreza mental para dizer que os livros que escreve vendem muito bem "lá na terrinha" e que "é chato o pessoal que não sabe lidar bem com o humor". Isto não é humor, é estupidez e decadência a toda a prova. Se não sabíamos, ficamos a saber, o cair em desgraça tem destas coisas: envergonhar-se em actos públicos, e defender-se ainda se enterrando mais. É caso para dizer que trouxe a pá, cavou o buraco, tapou-se e lá ficou, tudo sozinha, sem ajuda. Vale a pena desenterrar?

1 comentário:

DGC disse...

Eu acho que a Maitê não deve saber que o Brasil é um país de terceiro mundo, coitada.