Por esta hora, poucos devem ter sido os que ainda não viram o vídeo que circula pela net de Maitê Proença a gozar com os Portugueses. O vídeo é de 2007, mas só agora é que estalou a polémica e a fúria. Em 5 minutos, goza abertamente com Sintra, Salazar, com os Jerónimos, e passa-nos um atestado de estupidez com um ar de superioridade e desdém revoltantes. Acho que não é preciso ser-se extremamente patriota para não ficar revoltado ao ver o vídeo. Todos já sabíamos que somos o alvo das anedotas de lá, que a língua que falam é o "brasileiro", que a nossa história e cultura (que lhes serve de génese) lhes é desconhecida; ainda assim, nada nos faria esperar um vídeo tão publicamente escarnoso, tão pouco o podemos encarar como mais uma anedota. O caso é grave. Durante dois anos até à sua ressurreição pelo Youtube, o vídeo por aí andou sem que nenhum feedback tivesse passado do lado de lá do oceano - como interpretar isso senão como um fait-diver? O que se passa no vídeo é indescritível, a reacção das apresentadoras do programa vai pelo mesmo caminho; embarca tudo no mesmo gozo, na mesma falta de profissionalismo e abundante estupidez como a peça em si.
Face a toda esta polémica, surgiram abaixo-assinados online para que a actriz fizesse um formal pedido de desculpas. A minha pergunta é, porquê? Um pedido de desculpas forçado tira-lhe o mérito, além de que aqui nunca o teria - foi um vídeo pensado, aprovado e divulgado.
Confrontada com esta situação, tem a destreza mental para dizer que os livros que escreve vendem muito bem "lá na terrinha" e que "é chato o pessoal que não sabe lidar bem com o humor". Isto não é humor, é estupidez e decadência a toda a prova. Se não sabíamos, ficamos a saber, o cair em desgraça tem destas coisas: envergonhar-se em actos públicos, e defender-se ainda se enterrando mais. É caso para dizer que trouxe a pá, cavou o buraco, tapou-se e lá ficou, tudo sozinha, sem ajuda. Vale a pena desenterrar?
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
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1 comentário:
Eu acho que a Maitê não deve saber que o Brasil é um país de terceiro mundo, coitada.
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