A Popota ameaçou, a Leopoldina imitou, O Marquês descambou. Se já para nós foi demais engolir a saia que a Samsung, o ano passado, resolveu pôr no Cristo-Rei, este ano, e chegada a altura de iluminar Lisboa, o assassinato não foi menos grave que o do ano passado. De quem foi a ideia de travestir a base do Marquês de Pombal, ou de escolher as sugestivas iluminações da Rua Castilho, não sei; o facto é que a par do poder de compra, também o bom gosto teimou em tirar férias mais um ano.
Resolvi agarrar no carro e correr Lisboa para ter uma ideia de como os comerciantes projectam o Natal deste ano. Se cada vez mais nos apercebemos que as iluminações mais pequenas são as melhores, também reparamos que as maiores, e que por todos mais vistas, são as mais desconexas e espalhafatosas. Fiéis ao facto de S. Nicoloau vestir de Azul e não de Encarnado, também as luzes adoptaram tendencialmente essa côr. Se me perguntam, esse Azul não liga ao Natal. E se o miradouro de S. Pedro de Alcântara esteve na berra nestes últimos meses, então no Natal, vai estar a bombar à séria; é uma autêntica rave com flashes dignos da pista de baixo do Lux. Se calhar não está tudo tão deconexo quanto isso. Se quase podermos andar de t-shirt na rua em fins de Novembro pouco nos lembra o Natal, então estas luzes até acabam por fazer algum sentido.
Sunrise
domingo, 22 de novembro de 2009
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1 comentário:
dão cabo de mim essas coisas.
ainda bem que não as possa ver.
este ano o Natal vai ter um gostinho diferente - e eu não sei se gosto.
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