É impressionante o quanto um bom marketing consegue vender um produto por pior que seja. Todos estamos habituados a ver anúncios na rua, na televisão, em revistas e jornais, que nos chamam a atenção quer seja pelo mediatismo, quer pela eficiência (e em alguns casos, até ambos). Sendo o marketing, essencial e literalmente, um estudo de mercado, o objectivo final é o de vender ao público um determinado produto de forma eficaz e não distanciada, obviamente, desse objecto. A eficácia final seria dar ao público alvo exactamente aquilo que quer para que o proveito fosse mútuo.
Tudo isto a propósito de Surrogates - Os Substitutos, o mais recente veículo de Bruce Willis. A falta de originalidade patente no projecto faz com que se tenha que investir tudo o que se pode no marketing. A ideia de que as máquinas nos vão substituir cada vez mais, começando no mais trivial até àquele limite razoável, não é uma ideia nova, tão pouco é a ideia de perfeição inerente. O filme entra por aí e há pouco mais a descrever, porque pouco mais se passa; foi aqui que o valioso marketing atacou sem travão. Não sei se por consciente decisão dos produtores, que sabendo que tinham um produto mais do que medíocre nas mãos, resolveram apostar numa manobra de venda da maior qualidade; ou se essa mesma manobra pela qualidade ofusca o produto que vende. Engana-nos esta publicidade porque nos leva a crer que vamos ver algo de bastante melhor do que uma revisitação vulgar de um tema batido.
A mensagem, as questões, as dúvidas, a perfeição a dualidade Homem-máquina está mais presente em três posters do que em duas horas de filme.
Kayla
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
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