Há duas noites atrás resolvemos ir, já atrasados, ver o The Hangover-A Ressaca, a uma sessão que nos obrigou a sentar na primeira fila por a sala já estar cheia. Há filmes que nos marcam pela qualidade da história, da mensagem e do conteúdo; outros que nos marcam pela simplicidade e despretenciosismo com que arrancam gargalhadas vindas de dentro, sem roçar o exagero e muito menos o vulgar. Salvo raras excepções, as comédias de qualidade encontram maneira de angariar o seu culto. Este a ressaca não só o fez a nível mundial pelo sucesso que está a ter,como também por sabermos que não é apenas mais um. O filme é de tal forma contangiante, que demos por nós a, mal de lá sairmos, não querermos acabar a noite por ali.
Toca de beber um bom copo antes para iniciar, e depois, cruzar a ponte para uma beach party para acabar. O facto de o termos feito em tom de gozo, despreocupação e total improvização fez que o balanço tivesse sido tão positivo.
Numa noite que se prolongou até às 5 e meia da manhã, reparámos que o ambiente de praia que tanto nos diz e tão bem se enquadra no nosso espírito trazia qualquer coisa mais. Uma claridade a princípio indescritível, que depois se tornou numa das imagens que mais me marcou. Tenho pena de não ter levado a máquina comigo, nem de o telefone ser suficiente para captar a tal imagem. O céu misturava o breu da noite com uma luz côr de laranja indescritível. Começou por ser de pequena dimensão, mas à medida que as horas passavam ficou cada vez maior. Visão mais incrível que esta em plena praia, só foi aquela que tivemos quando cruzámos a ponte de volta porque aí já tínhamos as luzes da cidade a juntarem-se a este espectáculo. Tenho a dúvida de saber se descrevo este evento como singular, porque muitos há, singulares para nós, comuns para outros.
Aurora Borealis
quinta-feira, 2 de julho de 2009
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