O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Novo ataque da Vodafone - Sound Experience.

Fazer publicidade é lixado. Tem-se na mão a responsabilidade do sucesso de um produto, que pode, em muito, ter sucesso pela maneira como se vende. Não confundir, porém publicidade com marketing. Há empresas com esquemas de marketing excelentes, mas com publicidade danosa - a Frize, por exemplo.

Mas se há coisa que acho que se faz muito bem em Portugal é publicidade: consegue-se pôr um produto a vender pela reconhecida eficácia como ele foi vendido, quer em anúncios televisivos, quer em banners de rua - na linha da frente estando, indiscutívelmente, a Super Bock. Agora, aproveitando a estreia e a afluência em massa aos cinemas de Avatar, a Vodafone resolveu enverdar pela Sound Experience, um projecto que se quer paralelo ao 3D, mas que, ao contrário daquele, tem efeitos diferentes, não necessáriamente melhores.

Somos sujeitos a 2-3 minutos de anúncio, sem imagem, de olhos fechados, em que o que ouvimos deve sugerir o que não podemos ver. Ideia brilhante, bem concebida, mas totalmente desdequada à Vodafone. Se o anúncio "avião" ainda é suportável, (mas não mais que uma vez) o da aula de música é de quase obrigar o mais paciente e entusiasta espectador a sair da sala. Pensava, da primeira vez que fosse piquinhice só minha, mas pela reacção de quem rodeia, já vi que não.

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