É oficial; pela lista que hoje de manhã foi anunciada, não podemos concluir outra coisa que não "os blockbusters" morreram. Como "único" representante do género está Avatar, que por si só carrega o peso do hype, das receitas milionárias e da representação do cinema caro de qualidade.
Pela primeira vez, a Academia resolveu introduzir os dez nomeados à categoria de melhor Filme, passo que ao invés de trazer entusiasmo, não trouxe outra coisa que não insatisfação. Por várias razões.
Se anos houve que a escolha de 5 nomeados pareceu injusta por deixar de fora candidatos que mais mereciam vencer, não era aumentar o número de candidatos para o dobro que resolveria a situação. Segundo, tamanha variedade não vai mais do que dividir votos, num ano que não há nenhum favorito, a consequência é apenas e só a de eleger, com menos força, o que a maioria votou. Terceiro, não houve ano em que nos parecesse tão pouco especial a vasta lista de candidatos.
Avatar foi para o público o fascínio da tecnologia, quer a nível de perfeição técnica, de espanto com o 3D, ou por ter sido o filme que finalmente destronou Titanic como o mais rentável filme da História (não ajustado à inflacção).
Não posso escrever como fosse propriamente uma novidade, viso que no ano passado fiz igual observação: exceptuando as eventuais 5 ou 4 surpresas, os 4 ou 3 esquecimentos, as 3 ou 2 revoltas, nada realmente mudou. O que mais podemos notar é que a par do que há muito se repara, o arrojo do cinema independente ou de baixo orçamento leva a melhor sobre a disparatada e pouco cuidada barulhada ou superficial infantilidade dos blockbusters. Com a excepção de Duplicity e Ágora, não me lembro de nenhum filme que por nós tenha passado que tenha marcado pela positiva e tenha sido esquecido.
O facto de olharmos para esta lista e não podermos dizer se concordamos ou não com as escolhas da Academia deve-se unicamente às distribuidoras nacionais. Não conhecemos mais de metade dos filmes. Quer os arrebata nomeações, quer os silenciosos (mas mais interessantes).
Tal como se vem a passar, desde há muito, com o presente anual de Woody Allen, que é dado aos Estados Unidos em Novembro. Nós recebemo-lo no início de Fevereiro.
I Claim Your Sun
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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1 comentário:
encontrei!
http://programas.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=20449&e_id=&c_id=8&dif=tv
Larry David: Curb Your Enthusiasm
cá chamava-se "Calma Larry"
abraço
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