O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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sábado, 31 de janeiro de 2009

Prox

É fim de semana, o tempo está de fugir, as pessoas fogem para casa. Vê-se televisão, joga-se, fala-se, dorme-se e tudo o mais. Apesar de mal poder esperar pelo calor, gosto do inverno porque aproxima as pessoas. Não falo só da proximidade física que pesa muito, mas também da de espírito. Terá, decerto a maior das influências ter vivido num país com temperaturas negativas constantes, mas o que noto é que não obstante as ruas estarem desertas, as pessoas procuram-se, encontram-se e agarram-se. É normal ao ser humano procurar companhia, proximidade e calor, mas esse é expresso não só em palavras, como em gestos, olhares e atitudes.

É favor não encarar esta explicção só no seu sentido mais literal, mas também no que lhe subjaz. A aproximação do calor e do frio, faz-nos concluir instintivamente pela atracção ou pelo afastamento, mas o que nos une ou repele, não são as circunstâncias exteriores, mas antes o centro do que nos move. Reacções, atitudes, por mais inatas e impulsivas que nos pareçam, estão lá por alguma razão. O afastamento para o frio e o regresso para o calor, a distância e a próximidade, a conversa e o silêncio, o desvio e o olhar, a percepção e a ignorância. Aprendemos, moldamos, crescemos e vivemos. O dia está frio e chuvoso, mas nós não estamos.

I Can´t

1 comentário:

ravaroni disse...

oi estas a virar poeta? rica evolução sim sr