É fim de semana, o tempo está de fugir, as pessoas fogem para casa. Vê-se televisão, joga-se, fala-se, dorme-se e tudo o mais. Apesar de mal poder esperar pelo calor, gosto do inverno porque aproxima as pessoas. Não falo só da proximidade física que pesa muito, mas também da de espírito. Terá, decerto a maior das influências ter vivido num país com temperaturas negativas constantes, mas o que noto é que não obstante as ruas estarem desertas, as pessoas procuram-se, encontram-se e agarram-se. É normal ao ser humano procurar companhia, proximidade e calor, mas esse é expresso não só em palavras, como em gestos, olhares e atitudes.
É favor não encarar esta explicção só no seu sentido mais literal, mas também no que lhe subjaz. A aproximação do calor e do frio, faz-nos concluir instintivamente pela atracção ou pelo afastamento, mas o que nos une ou repele, não são as circunstâncias exteriores, mas antes o centro do que nos move. Reacções, atitudes, por mais inatas e impulsivas que nos pareçam, estão lá por alguma razão. O afastamento para o frio e o regresso para o calor, a distância e a próximidade, a conversa e o silêncio, o desvio e o olhar, a percepção e a ignorância. Aprendemos, moldamos, crescemos e vivemos. O dia está frio e chuvoso, mas nós não estamos.
I Can´t
sábado, 31 de janeiro de 2009
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1 comentário:
oi estas a virar poeta? rica evolução sim sr
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