O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A Idade da Indecência

Já estamos todos fartinhos de saber que séries só vendem com gente bonitinha à frente. Cai um avião numa ilha deserta, cheia de desconhecidos talhados para sex symbols; uma sociedade de advogados com dramas amorosos que mais parecem backstage de um desfile; vivos, mortos, presos, livres, ricos pobres, todos estão convenientemente deslavados num arranjo pouco natural. O mesmo podemos dizer das supostas idades das personagens que alguns actores encarnam. Basta olhar para todos as séries (e filmes, claro está) onde as colegiais parecem saídas de uma fraternidade de veteranos de faculdade, e os pais parecem poucos anos mais velhos. Para isso vejamos um exemplo paradigmático: na genial série Nip/Tuck veja-se as personagens de Joely Richardson e John Hensley, que faziam de mãe e filho, quando na realidade tinham 12 anos de diferença. A explicação desta pequena curiosidade pode prender-se mesmo até com a própria mensagem da série: o conceito de beleza e perfeição em que a sociedade se afoga, faz recorrer a estériotipos que no ecran resultam, mas cá fora não. Nunca a velha suspension of disbelief fez tanto sentido.

Rock The Casbah

1 comentário:

Francisca CN disse...

Vasco, mesmo n devendo muito à beleza, pdoes sempre tentar entrar numa série portuguesa de renome, vulgo "morangos com açucar"