O que um mau exame nos faz pensar. Somos seres insatisfeitos, grande parte de nós, pelo menos. Entramos para a escola, queremos dar-nos com os mais velhos, e estar uns anos a acima. Chegamos ao segundo ciclo e queremos ser rebeldes como os do liceu. No liceu estamos na rampa para a faculdade, sinal de autonomia e realização máximas. Chegamos à faculdade, tudo é um entusiasmo, até ao dia que nos começamos a fartar de tudo aquilo, não querendo nada mais do que começar a trabalhar, ser donos de nós, do nosso dinheiro da nossa independência.
É certo que quando lá chegamos, damos por nós a querer voltar para trás. Deixamos verdadeiramente de ser patrões de nós próprios, de poder fugir para a praia a qualquer hora do dia ou da noite; de andar pela cidade; não fazer nada, e fazer tudo, enfim, sermos verdadeiramente donos de nós.
Será que a nossa vontade de termos a nossa própria casa, as nossas viagens, é directamente proporcional às desvantagens de deixarmos de ter a liberdade de estudantes? As vantagens monetárias serão compensatórias?
Enfim, a nulidade dependente de arguição do 120, nº2 d) a propóstito do despacho do Debate Instrutório, não merece mais importância do que a que lhe estou a dar, mas faz pensar.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
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2 comentários:
... E ainda há aqueles que através de um recurso per saltum têm 13 anos e abortam. Além de ser terrível ainda divulgam e ouvem comentários do Zé Milho a dizer: "Parabéns..Ganda C'ragem!".
Agora mais a sério... É sem duvida uma óptima prespectiva nossa. Nossa humana! Somos seres insaciáveis ou entao completamente comodistas. Ou nunca tamos contentes com o q temos ou entao preferimos acomodarmo-nos ás situações.
Quanto à fuga (das galinhas): Vai buscar o TÉNI !!!!!!! ahah
e mais uma vez... me perco por aqui... sentido que também este é o meu problema!... como seria bom se nos satisfizesemos com o pouco que temos!
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