segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
O Curioso Caso de Benjamin Button
Há casos curiosos no cinema. David Fincher não seria a pessoa que eu imaginaria a realizar uma história destas. É inevitável olharmos para este filme e imaginar que Tim Burton nasceu para realizar todo este tipo de histórias, talvez por nos termos habituado a fomentar a ideia que poucos filmam e contam histórias como ele.
Seja como for, David Fincher cria algo de só seu e de tão comum nesta história.
Comecemos pela escolha na tradução do título: o caso de Benjamin Button é de facto mais curioso que estranho. Estranho associamos a histórias que se queiram verosímeis. Esta história está longe de o querer ser. Quer passar a ideia da efemeridade de tudo. A partir do momento em que Benjamin Button tem capacidade para se aperceber do que o rodeia, vai-se habituando à ideia de que todos os que conhecem irão desaparecer. A única coisa que lhe foi eterna foi Daisy, que fica consigo em pensamento sempre, e fisicamente até ao último momento. Até quanto a este ponto, Fincher subtilmente, nos mostra que a tempestade anunciada durante todo o filme está para chegar. A relação de duas pessoas que crescem antagónicamente está destinada, obviamente, a ter o seu pico no cruzamento a meio caminho (tal como grande parte das cenas importantes, têm lugar numa esquina).
O Estranho Caso de Benjamin Button é realmente curioso. Na forma como é filmado, actuado, escrito e pensado. Faz-nos pensar. Faz-nos entrar na história com um suspension of disbelief que, afinal de contas, é isso que o cinema nos deve fazer.
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1 comentário:
nao sei porque faz-me lembra o forrest gump..
na lista para ir sacar no torrent
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