Todos os anos a Academia nomeia para as categorias principais um filme mais intimista, por via de regra com grandes actores, num baixo orçamento, em que o show-off cede perante a qualidade; ou por outra, o show-off aqui é a qualidade do material de base, a adaptação do mesmo e o interesse que nos agarra.
É facto que o Holocausto, bem como os eventos que se lhe sguiram, ainda hoje provocam em nós um magnetismo indescritível. Não é de entender como um fascínio mórbido, antes porque foi um dos momentos mais importantes da História mundial, cujas ramificações para sempre se farão notar, e que já mais poderemos contornar.
O que o Leitor faz não é redefinir a abordagem ao tema, mas antes contar uma história intemporal numa época de adversidade. A maneira como o filme é conduzido é também fora de série, pela mão de Stephen Daldry, que conseguiu a proeza de ter sido nomeado três vezes ao Óscar de Melhor Realizador pelos seus três únicos filmes. Sendo um filme bastante diferente d' As Horas, que para mim continua a ser de longe o seu melhor, notamos que a mestria de ambos tem a mesma assinatura. O Leitor é de facto um filme de excepção, contrariando aqueles que se surpreendaram aquando da sua nomeação a 5 Óscars, incluindo o de melhor filme.
The Reader Suite
quinta-feira, 2 de abril de 2009
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