O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

O Clássico de Spielberg


É um cliché chamar génio a Spielberg. Indiana Jones, ET, Jurassic Park, Schindler's List, Amistad, O Resgate do Soldado Ryan, Minority Report: há grandes cineastas que passam uma vida inteira sem dirigir filmes cuja qualidade e a resposta da crítica seja tão irrepreensível. Pus-me a pensar e conclui que por maior lugar-comum que seja, a reputação e a notoriedade de Spielberg é, sem dúvida, facto provado.

Tudo isto porque hoje resolvi rever e reviver o meu maior filme de infância. Nenhum filme houve que eu tivesse visto tantas vezes, nem outro que eu associe mais à minha "juventude". O Parque Jurássico apanhou todos desprevenidos. Os detractores dos efeitos digitais, os seus admiradores, a população geral que não estava à espera de algo assim. A reacção dos paleontólogos nessa já clássica cena em que pela primeira vez reagem às criaturas extintas há 65 milhões de anos é de antologia; a falta de palavras para descrever o que está a frente dos seus olhos é paralela à nossa que não obstante meros observadores, somos tão parte daquele espectáculo como as personagens. O melhor é que só passaram 30 minutos desde que Spielberg nos convidou para esta viagem. É impossível ao mais céptico dos espectadores refutar que a vontade de se deixar levar para dentro do écran é inegável. A criança dentro de nós solta-se, ri-se, emociona-se e treme ao sabor da câmara firme e precisa de Spielberg.

Se procurarem na net os momentos que revolucionaram o cinema, decerto que encontrarão este Parque Jurássico no topo de qualquer lista por os seus responsáveis terem arriscado tanto e terem conseguido dar-nos a magia a que o cinema se propõe. Ainda hoje, ao rever este filme, repetindo muitos dos diálogos, e sabendo todos os desfechos, surpreendi-me e vibrei quase como da primeira vez.

Perguntam-me porquê rever alguns filmes várias vezes. Há aqueles que a televisão nos obriga, há os chamados guilty pleasures, há os que merecem e há os que já são parte de nós. Tenho vários filme que são o exemplo de cada uma destas categorias; depois tenho este, que, à sua maneira e em diferentes medidas, é um pouco de todas.

Welcome To Jurassic Park

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