A ameaça é global; o dinheiro é controlado, o governo é controlado, nós somos controlados e pagamos por isso. É este o ponto de partida (e chegada) de The International. Não é certamente uma permissa inovadora, mas numa altura em que ideias escasseiam, e pela quantidade de assuntos já abordados no género thriller, cada vez mais me convenço que a diferença entre um bom e marcante filme, de um mau ou olvidável, é a abordagem.
Se é com grandes orçamentos ou com grandes estrelas, hoje em dia já quase não importa, por haver exemplos de bons filmes quaisquer que sejam os intervenientes. Não sendo este um mau filme, é só mais um. O problema de muitos, nos dias que correm, é não haver uma decisão quanto ao tipo de filme que se quer fazer. Uns começam por estar mais orientados para a intriga política, outros para a acção. Quem vê este, facilmente conclui que a ideia inicial era fazer um filme mais lento, centrado em diálogos e intriga política; como isso é receita que não vende, apimentou-se com cenas de acção metidas a martelo e desnecesárias. Tom Tykwer, por mais que tente, não consegue esconder o seu estilo de filmar germânico, que não podia ser mais adequado para o filme em questão, mas com a excepção de 4 ou 5 planos, a câmara é de uma ineficácia atroz, e a fotografia um pastel desadequado. Nem parece o mesmo Tykwer que filmou o (nas palavras de Kubrick) infilmável Perfume de Patrick Suskind de forma tão exemplar. As ideias estão lá, a encenação também, mas a câmara não as capta como deveria.
A Organização partiu tão depressa como chegou: mal demos por ela.
The International End Title
quarta-feira, 27 de maio de 2009
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