O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

quarta-feira, 27 de maio de 2009

The International - A Organização

A ameaça é global; o dinheiro é controlado, o governo é controlado, nós somos controlados e pagamos por isso. É este o ponto de partida (e chegada) de The International. Não é certamente uma permissa inovadora, mas numa altura em que ideias escasseiam, e pela quantidade de assuntos já abordados no género thriller, cada vez mais me convenço que a diferença entre um bom e marcante filme, de um mau ou olvidável, é a abordagem.
Se é com grandes orçamentos ou com grandes estrelas, hoje em dia já quase não importa, por haver exemplos de bons filmes quaisquer que sejam os intervenientes. Não sendo este um mau filme, é só mais um. O problema de muitos, nos dias que correm, é não haver uma decisão quanto ao tipo de filme que se quer fazer. Uns começam por estar mais orientados para a intriga política, outros para a acção. Quem vê este, facilmente conclui que a ideia inicial era fazer um filme mais lento, centrado em diálogos e intriga política; como isso é receita que não vende, apimentou-se com cenas de acção metidas a martelo e desnecesárias. Tom Tykwer, por mais que tente, não consegue esconder o seu estilo de filmar germânico, que não podia ser mais adequado para o filme em questão, mas com a excepção de 4 ou 5 planos, a câmara é de uma ineficácia atroz, e a fotografia um pastel desadequado. Nem parece o mesmo Tykwer que filmou o (nas palavras de Kubrick) infilmável Perfume de Patrick Suskind de forma tão exemplar. As ideias estão lá, a encenação também, mas a câmara não as capta como deveria.
A Organização partiu tão depressa como chegou: mal demos por ela.

The International End Title

Sem comentários: