Aqui está um caso de implicância em que mordi a língua. Achava os trabalhos de Brian Tyler serviçais e vazios de magnetismo. Salvo raras excepções, não deixa de ser reflexo dos trabalhos para os quais são chamados os compositores em início de carreira.
Agora, e a pouco e pouco, fui ouvindo uma música e outra, até ao momento em que no carro e no iPod, ouço Brian Tyler quase por sistema. Cada vez mais me recuso a pensar nos filmes a que certas bandas sonoras estão associadas, até porque há um número bastante considerável delas associadas a filmes de meter medo. Tyler ainda está nessa fase. São filmes de cada vez maior orçamento, mas ainda assim com uma qualidade claramente inferior. Eagle Eye, War, The Fast and The Furious, Godsend, Bangkok Dangerous, claramente são filmes que não causam boa impressão no curriculo de ninguém, mas tendo ouvido o que Tyler compôs para cada um deles, faço por esquecer-me de que é que fazem parte.
O estilo que Tyler está a estabelecer, é um muito análogo ao do superior John Powell. Mas enquanto que a Powell lhe foram dadas mais oportunidades de expandir a sua criatividade, Tyler está ainda no estádio anterior: em que as batidas rítmicas e ecléticas se destacam além das imagens. Devo dizer que embora gostando e muito dos sonantes e marcantes temas que alguns compositores de primeira linha escrevem como frente dos seus trabalhos, tenho uma queda especial para as chamadas músicas de acção. Percussão, violinos, sintetizador têm uma vida e uma complexidade próprias que podem ser até mais ricas que os temas principais.
Estou a descobrir agora e com atenção os trabalhos de Tyer, estando por isso a descurar alguns outros compositores, mas dado o que tenho ouvido e que me tem viciado, acho que é tempo bem empregue.
(não olhar para as imagens, se faz favor)
quinta-feira, 7 de maio de 2009
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