O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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domingo, 30 de agosto de 2009

Allons-y!

É de facto curioso alguns de nós termos a inclinação, senão mesmo a tendência para puxar ao sentimento, seja por uma imagem, um som, uma vivência, uma provação ou uma transição. O que faz de nós aptos a crescer é a capacidade de olhar para trás, e realizar que tudo o que passou, nos fez crescer.
Quando devaneio, gosto pouco de falar na primeira pessoa; ainda que transcrevendo isoladamente, muito duvido que esteja sozinho no raciocínio. Se assim não fosse, não haveria empatia, muito menos química entre pessoas por mais diferentes que sejam e que se achem; aliás, é mesmo pela diferença de feitios, vivências, idades e educações que por vezes as melhores experiências surgem. Estamos a elas sujeitos durante todo o ano, mas não será o verão mais propício a que certos sentimentos se acentuem? Por menos comum que a "migração" seja, o paralelismo da mesma faz-nos reencontrar amigos e sítios de toda a vida: todos mudaram, em maior ou menor escala, contribuindo para um misto de saudosismo e construção involuntária de um novo futuro. Este misto vem, então acentuar esses mesmos sentimentos. Os dias que por mais compridos que sejam, são por vezes desperdiçados em sono fora d'horas, e as noites aproveitadas como gozo e vontade de diversão, seja ela qual for. É inevitável que se associem certas imagens ou certas músicas a um verão, por serem as formas que melhor nos fazem recordar o que aquele tempo significou. Fica como imagem o inigualável pôr do sol daquela minha praia, e som o "I Gotta Feeling". Não foram raras as vezes que tive o pressentimento que uma noite seria em grande; este ano muitas foram.

sábado, 1 de agosto de 2009

Coisas Minhas: São Martinho do Porto

Agosto começa hoje com um dia não tão radioso como se esperava, mas que em nada destoa do tempo estranho que tem estado ultimamente. O último verão que, se tudo correr bem, vou poder estar um mês inteiro na praia começa hoje, e estou disposto a aproveitar ao máximo para que arrependimentos não restem. São Martinho e o seu muito desdenhado clima e praia vão receber quem está disposto a aceitá-lo e lá tenha raizes ou afeições.



The Only Moment We Were Alone