O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

The Timor Experience; Parte 4 - Oscars


Depois de um mês cujas entradas no blog foram inexistentes, não por falta de assunto ou oportunidade, mas por esquecimento absoluto, um dos acontecimentos do ano levou-me a querer voltar a este espaço e desbobinar sobre uma das minhas paixões: o cinema.
Há já 13 anos que a madrugada dos Óscars é uma directa obrigatória que não dispenso. Não se trata de subscrever inteiramente as escolhas Academia, tão pouco concordar com os lobbys que todos os anos, e cada vez mais, se estabelecem, mas sim fazer parte, de forma distante, da noite que celebra o Cinema. Dada a crise de ideias ou a falta de interesse que cada vez mais é patente no Cinema, há anos que, invariavelmente, pecam pela previsibilidade dos vencedores ou pela falta de entusiasmo nos nomeados. O que fez do alinhamento deste ano mais sumarento foi exactamente o oposto; a variedade de filmes de qualidade nomeados e uma maior incerteza nos vencedores. Num ano em que na linha da frente dos nomeados estavam filmes como A Rede Social, Inception, O Discurso do Rei, Os Miúdos Estão Bem, Black Swan, Indomável ou The Fighter, apesar de haver claros favoritos em categorias específicas, (quase) não haviam certezas absolutas. Prova disso é que muitos apontavam para a vitória indubitável d'A Rede Social, que acabou por ir parar, merecidamente, às mãos d' O Discurso do Rei. Mas o que me deu especial gozo este ano, foi saber que se ao invés da vitória deste tivesse ganho A Rede Social, Os Miúdos estão Bem ou (o meu favorito) Inception, seria igualmente justo.
Claro que a parte dos lobbys entra com a vitória, discutível, de Trent Razznor e Atticus Ross para melhor banda sonora por A Rede Social, numa clara compensação pelos prémios principais perdidos. Mas é lugar-comum e certeza absoluta aquela velha máxima de que pela subjectividade, os vencedores não se traduzem nos melhores.

Mais sui generis do que isto, só o ter, pela primeira vez nos ditos 13 anos, "visto" os Óscars por actualizações na net durante o horário de trabalho. É verdade. Estar quase nos antípodas do local da cerimónia tem destas coisas: ainda que sabendo os vencedores na mesma altura, em bom rigor, só os soube na manhã seguinte como a maioria dos portugueses!

Mombasa