O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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terça-feira, 25 de maio de 2010

Roubar aos Ricos e ficar-se por aí... - Robin Hood

Pareceu óbvio, não pelas melhores razões, que quando surgiram as primeiras imagens de Robin Hood, realizado por Ridley Scott e com Russell Crowe, que estávamos à espera de um Gladiador II.

Revisitar aquele enredo com a mesma equipa, foi amplamente falado; houve quem achasse que era uma óptima ideia (fãs ferrenhos e o próprio estúdio, prevendo já um novo retorno financeiro colossal) outros acharam que Gladiador é um filme perfeitamente autónomo sem qualquer necessidade sequelas ou prequelas.

Antes que fosse tomada um decisão definitiva, e quase 10 anos passados, Scott e Crowe voltaram a juntar-se (pela quarta vez) para abordar a já gasta lenda de Robin Hood, com os ingredientes e as manobras eficazes para produzir um filme que agradasse as massas. Questionabilidade da necessidade à parte, as intenções foram as melhores, as consequências não foram assim tão felizes. O problema que se avizinhava mais óbvio, foi o menos patente: a lenda não é nova, desconhecida, tão pouco não-abordada; o contributo de Scott é que se revelou o mais fraco. 15 minutos depois de começado o filme, já notamos que alguma coisa não está bem. Os personagens (salvo raras excepções, como Mark Strong e especialmente Eileen Atkins, estão a gritar por outro filme) estão perdidos, os diálogos desinteressam-nos, a química é inexistente e fio condutor da história vai perdendo-se com quebras de ritmo constantes, motivadas pela obsessão visual (essa bastante conseguida). Se esses problemas iam sendo suportáveis no princípio, quando chegamos ao último acto, o descalabro é total a história torna-se inconsequente e a verosimilhança desaparece.

Não é revoltante que tratem mal este material, é uma desilusão ver que quem o fez foi o mestre Ridley Scott, que da última vez que ingressou no género épico, foi com o desenxabido Reino dos Céus, filme que, por coincidência acaba, cronologicamente, quando este começa.

Trailer Music

terça-feira, 18 de maio de 2010

Growing Anticipation

Não podia ter recebido melhor presente. Confirmação de que os Florence + The Machine voltam a Portugal no Optimus Alive. Dado que em poucos dias esgotaram a Aula Magna, não espanta que estejam de volta para mais, 3 meses depois.
Hoje, já com bilhete na mão e não me importando com o preço do mesmo, dou por mim a ouvir uma e outra vez cada uma das músicas que me têm viciado nestes últimos meses.

Exemplo disso, The Drumming Song, uma das melhores músicas que tenho ouvido nos últimos tempos: coerente com o estilo de Florence Welch, musicalmente riquíssima e devorada por mim e por ávidos fãs.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

13 de Maio de Ascensão


Estou dentro de 4 paredes a perder a 5ª feira de Ascensão com corrida e largada de toiros. FORCAAAAAAAAA Shellshock - Another Day, Another Dollar

terça-feira, 11 de maio de 2010

"Uma Questão de Fé"


É com o título "Uma Questão de Fé" que o site do Sapo define a cobertura da visita do Sumo Pontífice a Portugal. Não podia ser mais acertada. A abordagem da temática da Fé, complicada por si só, separa por um lado aqueles que em nada acreditam, daqueles que se recusam a conceber uma vida sem a existência de Deus. Extremismos positivos ou negativos à parte, a Fé que move milhões, mobilizou hoje Lisboa, de uma forma que há muito não se via. Foi impressionante, esmagador e poderoso.

Assistir à Missa de Domingo no Vaticano, foi uma experiência única pelas razões óbvias: a cidade, a beleza natural, a diversidade de povos e línguas e a dimensão magnânime que a fé assume naquela circunstancia é indiscritível. 3 anos depois tive a sorte de poder assistir à Missa do mesmo Papa em Lisboa. Escusado será dizer que foi um momento mais marcante e mais poderoso do que aquele a que assisti no Vaticano. A Lisboa que conhecemos estava cheia e mobilizada com um sentimento de união que não há memória. Mais de 80 mil pessoas encheram o renovado Terreiro do Paço e rezaram por Portugal e pelo Mundo. O dia de hoje fez crescer nuns e nascer noutros a paixão que há por este país e acima de tudo por esta cidade. A crise da Igreja e a aparente crise da Fé é patente e amplamente debatida, mas por mais que se tente arranjar explicação para uma tão colossal afluência, é para mim inconcebível achar que não haja outra explicação que não a de fé. O esforço para a reaproximação tem que partir não só da Igreja como também dos cristãos; vendo que o dia de hoje mostrou que apesar das dúvidas, muitos regressaram, só podemos ser optimistas ao achar que se fomos capazes do mais, vamos ser capazes do menos. Se afluímos no extremo máximo, não temos como nem porquê não afluir no dia-a-dia. Não é discurso de evangelização ou conversão, mas sim de reflexão. Reflexão que muitos hoje fizeram, que muitos hoje cumpriram em nome de uma fé que mobilizou um país, que parou uma cidade que por de uma maioria manifesta se tratar justificou essa mobilização. A questão da fé parou Lisboa e estarreceu todos aqueles que como eu estiveram hoje em pleno Terreiro do Paço a assistir a um momento marcante da nossa História, da nossa humanidade e da nossa grandeza.

Science and Religion

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Delírio de Inception

Se do imaginário de Christopher Nolan é expectável que surjam ideias e conceitos únicos e que se materializam em material de qualidade, eis que o seu último projecto parece o mais sui generis de todos. Falo de Inception. Com Leonardo DiCapriio, Ellen Page, Marion Cotillard e Michael Caine, este novo filme foi filmado e mantido no maior secretismo, até à vinda a público do trailer e sinopse.
Sabe-se apenas que é ambientado no campo dos sonhos e na capacidade de os manipular. O trailer fala por si próprio, tendo já criado em mim uma enorme expectativa num ano que de antecipações se está a revelar pobre.