O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Como prever o cancelamento - Flashforward

Quando falamos de séries, toda a gente acha que Flashforward ou ainda está activa ou que vai na segunda série. Infelizmente, ou felizmente, ficou-se pela primeira. Infelizmente porque era uma das melhores séries de 2010 - uma corrida contra o tempo, bem estruturada e executada ao estilo de 24 - felizmente, porque se tivesse continuado, poderia ter perdido grande parte da sua força, como aconteceu com Prison Break.

A história gira em torno de um apagão global de cerca de dois minutos, em que toda a gente no mundo viu o seu futuro daí a seis meses. Quando acordam, o caos é geral. Contam-se milhões de mortos e de imediato todos os que conseguiram ver o seu futuro (sim, houve quem não visse nada) entram num estado de apatia total por o futuro que viram ser-lhes completamente inconcebível, passando depois, para um esforço para tentar contrariar ou concretizar esse futuro.
Implausibilidades e improbabilidades à parte, Flashforward acaba por ser mais um ensaio à natureza humana e às diferentes formas de encarar um futuro distante mas agora conhecido.

A meio da temporada, a série perde alguma força, retomando-a nos episódios finais, com a aproximação do "Dia D". Flashforward ficará recordada, principalmente, por ter acabado totalmente em aberto; algumas respostas foram dadas, mas muitas ficaram por revelar. O problema é que nada disto foi intencional, dada a imprevisível decisão da ABC em cancelar a série por não ter o número esperado de telespectadores. Se séries com menos audiências e de muito menor qualidade se mantêm no ar há anos sem fim e sem qualquer razão aparente, o cancelamento desta, ironicamente não foi previsto.

The Surface of the Sun

terça-feira, 7 de junho de 2011

Batalha Naval?!

Quando me aventuro nas críticas de cinema, acho que me repito quando falo na crise de ideiais de Hollywood: esse entedintemento global de que as forças criativas parecem estar a migrar para o universo das séries televisivas, resumindo-se o cinema cada vez mais a sequelas, prequelas, revisitações, etc. Até aí tudo bem e parece haver uma razão compreensível.

Há uns tempos vi umas manchetes sobre um filme a lançar em 2012 chamado "Battleship". Não li a notícia em si, esperando para saber mais quando a produção começasse a andar.

Ora bem já anda. "Battleship" SÓ é Batalha Naval em Inglês, mas na minha inocência, não fiz a associação Podemos então esperar por um filme baseado no jogo de tabuleiro clássico que conta no elenco com, adivinhe-se, Rihanna e um orçamento de duzentos milhões de dólares. Tenho dito.


Smoke N' Oakum

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Obras Falhadas? Pt. 1


As adaptações de séries de culto têm sempre um sabor agridoce. Por um lado quer fazer-se homenagem a uma série que cativou um público com a sua história, personagens e diálogos, não podendo, nem devendo, ser excessivamente fiéis; por outro as reacções de todos aqueles que formaram o culto de fãs que, não obstante a curiosidade pela revisitação, acabam por sair desiludidos com a mesma.

Há vários anos em gestação, a produção do recomeço cinematográfico deste fenómeno de culto dos anos 60, Os Vingadores, enfrentou os mais variados contratempos nas suas diferentes fases: diferentes actores e realizadores estiveram associados ao projecto, rumores de falta de química entre Ralph Fiennes e Uma Thurman, uma pós produção que obrigou ao corte de mais de meia hora de filme, entre outros.

O produto final não tardou a ser trucidado pelos críticos e pelo público em geral: gritava-se que o material de origem não era respeitado, que Fiennes e Thurman foram um erro de casting, e que o maior esforço foi feito no espectáculo visual, em detrimento de um argumento coeso.

Por mais que discorde da unanimidade da crítica (especializada e leiga), reconheço que não é o melhor filme sempre, tão pouco a melhor adaptação de um material mítico. Mas essa não poderia nunca ser a intenção desta adaptação: pelo menos no primeiro caso. Ainda que ausente o carisma de Sir Patrick McNee e alguns dos diálogos incisivos da série, devo confessar que este é, sem dúvida, o primeiro filme em que penso quando se fala de guilty pleasures. Gozem, espantem-se, apontem o dedo à vontade mas este continua a ser um daqueles filmes que revejo, de tempos a tempos, ignorando em absoluto que se trata de um dos filmes mainstream mais carinhosamente odiados da última década. Os diálogos, os cenários, a música e os actores (sim, até Uma Thurman, americana com sotaque britânico irrepreensível) encarnam a chamada über britishness na perfeição.

Se a Warner Brothers foi a primeira a saltar do barco quando as críticas primeiro surgiram, que se retenha que as cada vez mais habituais decisões de última hora dar uma nova montagem a filmes nunca resulta. A versão original deste filme está num limbo há 12 anos, independentemente das petições nesse sentido. É pena. Até que essa versão veja a luz do dia, vou continuar a rever este mal-amado filme da mesma forma “culpada”(?).

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