O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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sábado, 29 de novembro de 2008

Star Trek reborns. Assim como qualquer outro.


Anuncia-se para 2009 o próximo filme Star Trek. Não sou grande fã da saga, confesso, apesar de adorar ficção científica. A questão que levanto é a de saber até que ponto é que precisamos de facto deste novo filme, ou de uma reinvenção da história. O que é facto é que este Star Trek é mais um no filão de séries/ filmes/ sagas que pelo número sequelas, ou falta de qualidade/ rentabilidade das mesmas ditaram que os big bosses ordenem um "regresso às origens" ou uma reinvenção da história. Exemplos recentes temo-los ao pontapé: Batman, James Bond, Missão Impossível ou um qualquer herói da Marvel. Serão necessários ou benéficos? Para Batman pelo menos foi, espera-se que JJ Abrams (Lost, Alias) o saiba fazer, porque a saga de James Kirk e a sua tripulação está mais morta que os vídeos BETA.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

VOX POPULI, I: Porrada Por Causa do Héfáive

Sugeri aos seguidores do blogue, passarmos a fazer quinzenalmente uma "Vox Poupuli" de vídeos desse grande mata-tempo chamado youtube!
O primeiro não podia deixar de ser este, "Porrada por causa do Hi5". Há quem o ache inacreditável, eu acho-o impagável! vejam se concordam comigo e com os senhores meus seguidores!


Isto foi o que alguns tiveram a dizer:

" Não sei se consigo transcrever para este aqui o que mais gostei neste vídeo… Não sei se são frases como as que a Marília insiste em dizer à pobre da Catarina e que já fazem parte das minhas expressões quotidianas (não sei bem em que circunstâncias mas sei que tento ao máximo que façam), como “E tu comigo é baixinho, porque catrefas como tu comigo é baixinho, é abaixo de cão. Tu comigo não fazes farinha” ou “… agora estás a deitar sangue da boca, mas para a próxima ficas a deitar sangue do nariz”, se é a coitada da Catarina que enquanto apanha umas valentes galhetas se tenta, em vão, justificar como um “… mas eu não fui ao “AIFAIFE” déle” ou ainda, as colegas da escola que picam a Marília… enfim… é tudo bom!
Aparte o facto de a azarada Catarina ter sido alvo de injúrias e agressões pela Marília (que só tentava defender o que é dela… o seu homem do quartel), não posso deixar de lamentar não ter estado presente e ter assistido a isto, seria bom demais!
Agora em jeito de crítica (lol), posso dizer que acho esta cena inacreditável, acho que Portugal está cada vez pior e, enquanto existirem personagens deste género, será difícil andarmos para a frente. Isto é um retracto sério do nosso País… Portugal do interior no seu melhor!
"
Xica Correa Nunes

"Este vídeo representa na perfeição a peixeirada à antiga portuguesa. O que começa por ser uma discussão entre duas "amigas", a Marília e a "Caterina" torna-se num verdeiro caso de estudo sobre a sociedade portuguesa, envolvendo chapadas, farinha, conselho, DTs e hi5."
Duarte Coutinho

"um cocktail melodramatismo e intensidade de sentimentos condimentada com um estilo grotesco, porém carregado de uma visão realista da sociedade dos nossos dias.
um must para o amante da 7ª arte
"
Filipe Ravara

"A Ruivinha, não é claramente do KKK da Marília. A eterna compreensiva Marília achou que para manter o reinanço na sua escolinha teria de dar um show. Provavelmente estava a perder votos na popularidade (este tipo de popularidade difere muito da popularidade das boazonas das banhadas americanas).
A desgraçada da Ruivinha - que aposto que até é fan da Hello Kitty - levou por tabela. Se calhar até é boa moçoila, e ao mandar mensagens para todos os hi5's que tinha na sua lista, mandou também para o gajo do quartel. Também ela, na possível tentativa de ganhar alguma popularidade, optou por uma via saudável que lhe custou umas boas doses de chapadas naquela cara. Quanto à sua voz ("Mas eu nan fui ao hi5 deeeele"): Não me pronuncio.
É também um género comum. Mais arranjadinha, calada, humilde, caderninhos a condizer e apoiados no antebraço, mais betas. São exactamente o género que pensa que entrar na Universidade é sinónimo de usar saltos altos e ter um ar mais... administrativa. As c'leguinhas da turma são umas grandessíssimas. Queriam linchar a Ruivinha à grande ("Eu nan recebi", "Eu também não!").
"
Tomás Mesquitella

"Confesso que acho complicado escrever alguma coisa que mereça lida, sobre um tema que teria entrada directa nos “tesourinhos deprimentes”, se a TVI tivesse chegado primeiro que o “gaiato” que tivemos todos o prazer de ouvir. José Eduardo Moniz estará certamente a pensar a esta hora, que aquele pequeno filme daria um óptimo guião para a novela da tarde.
De qualquer maneira, é sintomático que aquelas duas crianças tenham escolhido a “DT” como juiz da sua disputa! Afinal, ainda se respeitam os professores! De facto, o hi5 pode ser um excelente meio de comunicação entre professores e alunos. Vai ser desta que toda a “xcola” começa a xcrever com xis! Já estou a imaginar que daqui a uns tempos vai ser preciso substituir a dita tecla nos fabulosos computadores cujo nome não deve ser pronunciado! Ai Fernão! Deves estar com as orelhas a arder!
Enfim, no fundo, lá bem no fundo, a Marília (a do cabelo curto, mão na anca e língua bem afiada) até terá gostado da partida que a ex-amiga (a do cabelo de palha-de-aço) lhe fez! Assim, pode expressar em viva voz, para todo o Portugal, toda a angústia que tinha na alma! Bravo Marília! Assim é que é! Estes cinco minutos de fama já ninguém te tira!
"
Pedro Lobo Xavier

"E assim se aprende uma grande lição: nunca ir ver o perfil do namorado de uma miuda de 12 anos da baixa da banheira...
Se a CATRINA se continua a "armar em XIK XPERTA" nós chamamos a DT ( mais ou menos o equivalente ao o juiz decide)
"
Inês Godinho

A Marilía já aviou na Catarina, mas pelos vistos promete mais!
Por isso, não percam o próximo episódio, porque nós TAMBÉM NÃO.

............A Perfect.........lie.


Nip/Tuck voltou. Ao mercado de DVD em Portugal pelo menos. Este não é um daqueles casos de séries de grande sucesso do outro lado do oceano, e cá passam completamente indiferentes. É sim o caso de uma série que não admite um meio termo: ou se adora, ou se odeia. Quem odeia, lança-se à alternativa fácil de vão de escada chamada Grey's Anatomy ou outras (tantas) que tais dentro do mesmo género. Quem adora, devora. Eu sou um desses; e o que me entretém em casa agora é esta quinta série, que apesar dos seus (poucos) 14 episódios, para mim, vão ser vistos em dois dias.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Data Para Nascer

Soube há bocado que amanhã, pelas duas e meia da tarde, vou ser tio outra vez! É giro que hoje em dia, até pra se nascer é preciso marcar hora porque todos os bebés ou têm o cordão umbilical enrolado à volta do pescoço, ou então o parto normal representa grande perigo para a mãe. Consequência? Cesariana. Indolor para a mãe (pelo menos no momento), e muito menos para o médico que a única dor é ver a carteira alargar mais do que se fosse parto normal.
Seja como for, amanha já somos uma família alargada para 11, e daqui a um mês, para 12!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Simpsonizei-me

Natal, actually


Com o culposo atraso comunico que Lisboa finalmente está iluminada de Natal. Como se esperava as luzes são de fugir, espalhadas aqui e ali para marcar a ocasião, agora financiados inteiramente por privados através de um concurso público lançado pela autarquia. António Costa disse que se tinha percebido que era "insustentável" para justificar o lançamento do concurso do projecto de iluminação e animação. O tema das iluminações é “o conto da luz”! Cada zona da cidade terá um tema! História! Sonho! Natureza! Inclusão Social! Adoro que a cidade esteja cada vez mais interactiva, odeio que seja feito da forma mais pirosa e pobrezinha possível. Quando digo “pobrezinha” não digo inconscientemente. A crise económica salta aos olhos de todos, mas a falta de gosto é mais facilmente remediável.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Bond voltou. Did he really?


... é indiscutivelmente uma das frases mais conhecidas da história do cinema. Tornou-se um ícone do homem, um lugar-comum na boca do povo e uma representação da classe, graça, inteligência e confiança de uma das personagens que mais multidões move há já 55 anos (no papel. 46 no cinema)
Ironicamente, esta frase nunca é dita durante quase duas horas de filme. Custa a acreditar mas é verdade. Desde que em 2005, os produtores resolverem sujeitar 007 a um reboot, um regresso às origens e uma nova cara, na senda de um conjunto de sagas que sofreram a mesma lavagem por se temer que o publico deles se fartasse ou desinteressasse eu, confesso, não achei muita piada. Não à concretização em si, mas à ideia. Casino Royale teve a sorte de funcionar extremamente bem, pois tinha Martin Campbell ao leme, mas também porque soube dar uma nova abordagem a Bond e também porque ao contrário deste Quantum of Solace, é baseado num livro do criador Ian Fleming.
O problema agora, é que a matéria prima está a chegar ao fim, com já 22 filmes adaptados o que faz com que fique agora nas mãos de quem escreve manter aquele encanto que Bond sempre teve. Mas tal como a frase, o resto também falta. Bond agora é um porteiro de ginásio de leste bem vestido, Q e Miss Moneypenny nem vê-los e gadgets não há. É impressão minha ou estamos agora perante um Jason Bourne britânico, com smokings em vez de roupa vulgar, Aston Martins em vez de Ladas e MI6 em vez da CIA? Não é que o que estou aqui a comparar não existisse já, mas agora é filmado e abordado como os filmes de Jason Bourne. Só lhe falta a amnésia, que em vez de estar em Bond, está nos produtores, por estarem a por de lado o que desde sempre jogou a seu favor.
Este é, de todos os Bonds o mais curto, e o único que é uma sequela directa ao seu antecessor, o que pode explicar porque é que é um filme “coxo”. Falta-lhe autonomia, e falta-lhe mais meia hora onde se podia por um pouco a martelo o que ficou de fora e não devia ter ficado.
Outro problema é Daniel Craig. Craig não é Bond. Bond é Sean Connery, Pierce Brosnan. Querem caras novas? Hugh Jackman, Clive Owen. Craig não tem arcabouço para levar este ícone para a frente, pusessem-no como um vilão cínico como Sean Bean fez por Alec Trevelyan. Não disputo que seja bom actor, que o é, e que há uma evidente química entre ele e M, que nos temos vindo a aperceber que tem de haver.

Quero com tudo isto dizer que Quantum of Solace é um mau filme? Não, até porque estaria a ser injusto, é só um filme menor. Diverti-me a vê-lo, pois James Bond não desilude, e embora postule que a mudança é sempre necessária e bem vinda, acho que deve ser feita como deve ser. Mudar o desadequado, manter o necessariamente imutável. Uma marca deste franchise foi sempre manter-se fiel à actualidade, o que este filme também faz, uma vez que o ambiente e o petróleo são o móbil do vilão, que até mata uma personagem da mesma forma que morreu uma bond girl em Goldfinger!

O filme lá acaba com a típica “James Bond Will Return”. Pois, isso sabemos nós que sim, resta é saber se será pela porta grande com um filme à antiga, ou pelas traseiras, com outro filme fraco, que sendo sempre divertido, não nos prende como antigamente.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

POST INTRODUTÓRIO

Não sou do tempo de não haver pelo menos um computador em casa, mas era só um: lento, enorme, com um caixote a servir de monitor e uma impressora que fazia tremer a casa ao puxar pelo papel. Agora, não só há mais que um, como há-os fixos ou portáteis na ordem de quase um por pessoa. São os novos telemóveis: passámos de ninguém ter um por ser um “luxo”, para todos os termos e querermos mudar para melhor por já serem um “lixo”. Quem lê estas linhas deve pensar que raio discurso pseudo retrógrado é este vindo de alguém com 23 anos. Se falo eu já assim, o que dirão os meus pais! Mas o que é verdade é que numa altura em que qualquer um no liceu tem um portátil por sem ele ser incapaz de viver, ou os Magalhães estarem a ser distribuídos ao desbarato, ou ainda um único trabalho de liceu ou faculdade não ter (forçosamente) que ser apresentado num power point, pus-me a pensar até que ponto é que ter um computador não se tornou uma essencialidade.
É verdade que se tornou, e a Internet ainda mais. Ter um computador para jogar jogos já não serve, para isso há a playstation. Solitaire? Copas? Minesweeper? Quase já não são jogados por nós, são apenas um extra que pouco espaço ocupa no computador, que lá está para os pais e alguns avós que por eles tomaram o gosto.

Mas porquê e como chegar aos blogs depois desta conversa toda? É lógico e consequente: Tivemos computador, depois net, depois Messenger, e agora blog. Quer dizer com isto que todos terão um? Nem por sombras. Não é uma probabilidade muito menos uma obrigatoriedade, mas não deixo de defender, senão não estaria aqui, que é de uma enorme utilidade, e tal é-nos explicado pela página principal do blogger: é o sítio onde Publicar ideias, receber comentários, publicar fotografias, links de vídeos, com sorte todos eles e com graça!

Um grande dilema foi o da escolha de um título para esta singela e despretensiosa página! Quando decidi fazer um blog, fiquei tão entusiasmado com a ideia que o mais óbvio, o título, parecia ser a menor das minhas preocupações que, rapidamente, se tornou na maior pela ausência total e completa de ideias. Por uma questão de raciocínio lógico o título teria que ter alguma coisa a ver com o que eu me proponho a escrever: segundo problema. A verdade é que não me preocupei tanto com isso, a esmagadora maioria dos blogs não têm um tema definido, apesar de mais tarde ele estar presente pelo facto de o seu “dono” acabar por escrever sobre aquilo com que mais se identifica: uns por trivialidades, outros por política, gostos, hobbies ou até por uma mistura de todos eles quer por nos apetecer, quer por sermos para lá levados pelos nossos amigos, colaboradores ou seguidores do blog.

Porquê Dialectos do Cid? Porque não? Pode haver quem por aqui venha parar por engano, à procura de trivialidades sobre o artista, sai daqui enganado. Pode, de qualquer maneira, e com sorte, vir a gostar das parvoíces que eu vou aqui publicando, neste dialecto que espero não ser só meu, mas também de todos aqueles que o quiserem começar a falar e com ele se divertir.