O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Facebook...O Filme???

É verdade. Por incrível que pareça, parece que o Facebook vai ter uma adaptação ao cinema. Confesso que já há algum tempo andava a pensar fazer um post sobre o facebook e todas as redes sociais que lhe antecederam (e com toda a probilidade, as que lhe vão suceder), mas outras coisas surgiram, e por isso, fui adiando esta entrada.
É facto que somos cada vez mais dependentes da Internet, pelas óbvias e necessárias razões, que tudo nos facilita e em muito nos distrai. Há cerca de 3 anos foi a obsessão com hi5, agora com o facebook. Não sei até que ponto é que estarei certo, mas mais ano menos ano, a febre dos quizzes, do chat interno, do facebook em geral vai desvanecer. Mas enquanto a euforia está no máximo, há que disfrutar dela, e fazer render enquanto o nome é produto que vende. É isso exactamente que Hollywood se propõe fazer já este ano: a adaptação ao cinema da maior rede social a nível mundial criada por Mark Zuckerberg na faculdade em 2004, que conta já com 200 milhões de membros. Se a notícia é já estranha por si, mais ainda são os nomes envolvidos na sua feitura: Scott Rudin e Kevin Spacey produzem, e David Fincher (?, sim ??), realizador de Se7en - Sete Pecados Mortais, Fight Club e o Estranho Caso de Benjamin Button, já em negociações avançadas para dirigir. Não sei se o que me fascina neste projecto é a estupidez do mesmo, se a curiosidade para saber o que é que vão fazer dele.

Explosive

terça-feira, 23 de junho de 2009

Marca de Servidão?

Sendo a França o país da Europa (ocidental) com maior população muçulmana, não parece de todo descabido que, mais cedo ou mais tarde, o Presidente Sarkozy viesse afirmar publicamente que a marca de servidão que a burqa islâmica representa não será bem vista.
Se o teor e o conteúdo deste discurso feito em Versalhes foi o mais oportuno e sensato, num estado democrático que é um puzzle de etnias e religiões, deixo a quem mais capaz de julgar é, de o fazer.
Por outro lado, a discussão que vem subjacente a este assunto parece ser a de encarar a burqa como o tal símbolo de marca de servidão, ou não. O que é facto, é que a burqa, como todos sabemos, tapa por inteiro o corpo da mulher e, não sendo esta tradição islâmica tão rara, também não é de espantar que as mulheres vivendo num outro país, não mantenham as tradições nas quais foram educadas. O argumento de Sarkozy de que a indumentária é um símbolo de rebaixamento e de servidão, é claramente lógico e fundado (por não nos acharmos tão discordantes desta visão) isto porque julgamo-la à luz dos nossos costumes ocidentais. Claro que enquanto familiarizados com os costumes e organização sócio-cultural destes países sabemos que de facto, é o que tal símbolo representa, mas tal discurso vem relembrar a polémica de 2004, quando o governo francês aprovou uma lei que proibia o uso de símbolos religiosos nas escolas. Esta pseudo-política de laicidade acaba por proibir que certos costumes que têm séculos de existência se mantenham, em nome de uma igualdade física, que parece suplantar a liberdade religiosa que todos têm e que universalmente se defende.
É realmente a burqa uma marca de servidão? O tal símbolo de rebaixamento da mulher que deve a todo o custo ser abolida, ou, por outro lado, um símbolo de uma religião que assenta na tradição? As muçulmanas em países ocidentais não se querem forçosamente iguais, de aspecto, às restantes. Mas não será certamente uma lei que proíba o uso de burqas que as emancipará. Esta não é uma questão para qual haja uma solução ou um argumento que seja líquido e aceitavel a todos. A subjectividade inerente à escolha religiosa e a profissão da mesma, é entendida de maneira diferente por certos grupos, e como tal, uns achar-se-hão a concordar com a efectida proibição, outros com a aceitação.

Giza Port

quinta-feira, 18 de junho de 2009

5:08

Não é Salzburgo, não há copos de chocolate, nem tem 5 minutos e 8, mas tu sabes!
Parabéns Ravaroni!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Z o o

Quem mais aponta, quem mais goza, quem mais questiona, é quem mais faz. Qual administrativa com as fotografias de seus meninos no pano de fundo do seu ambiente de trabalho, a contar as habilidades do seu mais velho, também acabei por me converter àquele estado de espírito de total embevecimento pelos putos. Agora, que somos nós a olhar de cima para baixo, a uma emergente creche, o que mais podemos fazer que não tirar o melhor partido disso? Sim, tudo isto porque o meu sobrinho mai’velho faz 3 anos hoje.

terça-feira, 16 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

I'll be back...uma e outra, outra, outra vez...

O Exterminador finalmente anda para o futuro. As máquinas que de lá vinham, desatavam a partir tudo o que lhes aparecia à frente no presente. Agora, Dia do Julgamento passado, os humanos tentam fazer o que podem para sobreviver, num mundo apocalíptico, deserto e hostil(ideia inovadora). Desta vez, os nomes são os mesmos, mas os actores, não; o franchise tem "cara lavada", num futuro de gente suja com dentes Hollywood.
Ataco desta forma a novo capítulo da saga, da mesma maneira que qualquer pessoa sã e crítica o faz: é uma saga que já acusa cansaço, e as pernas não andam com a firmeza de há uns anos atrás, porque o primeiro filme já conta 25 anos.
Mas enquanto ataco o mau, louvo o bom. Entrei na sala para ver um filme que não tinha particular vontade de ver pelas razões atrás apontadas, mas confesso que passada a primeira cena, cresceu em mim um entusiasmo que se revela só com alguns filmes, assumidamente desmiolados, mas que que cumprem aquilo a que se prometem: entreter e abstrair-nos do resto; missão essa plenamente cumprida.
McG é já o terceiro realizador da saga, que traz a sua particular visão a uma história que lhe é estranha, mas na minha modesta opinião, se com o filme me diverti, a ele o devo. A precisão, crueza, firmeza e destreza com que filma as cenas de acção são sem paralelo; a todas as outras falta o que nestas transborda. É de facto impressionante ver como um realizador é capaz de reacções tão opostas dentro de um mesmo filme. Essa é simultaneamente a sua maior força, e a maior fraqueza. Mas como este é um filme em que as cenas de acção são mais e melhores que as restantes, chegamos ao último terço do filme (infelizmente, o mais fraco) com a sensação que McG nos está a levar numa viagem de verão inesquecível, que nos achamos a gostar, sem quase repararmos o quão vazia de ideias e de substância está este "enredo" tão esquematizado.
Que a porta fica escancarada para futuros capítulos, não é novidade para ninguém. Vamos é ver se o público que cada vez menos aparece, o fará para uma hitória cuja faixa etária-alvo não era nascida no seu começo.

Opening

domingo, 14 de junho de 2009

( )

Hoje não fiz um

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Lisboa está vazia. Numa semana que para a esmagadora maioria se resumiu a dois dias de trabalho, os que ficam procuram a praia para tirar a barriga de misérias, enquanto que outros raspam-se para esse antro sobrelotado chamado Al(l)garve. Há outros que não fazem nem uma coisa nem outra; estudam porque têm a semana partida ao meio com um exame na Sexta.

Myotis

A Prescrição Sabe Sempre a Azedo?

A época das grandes sitcoms morreu. A comédia de situação é um formato que está em extinção, não pela falta de qualidade, mas pela necessidade de mudança. Quando antigamente falávamos de séries de televisão, pensávamos logo no Friends, Seinfeld, Fawlty Towers, All in The Family, Soap, Will & Grace, Family Ties, Frasier, etc. cujo marco estava não só na qualidade dos textos como na forma em que as víamos. Um episódio por semana era a dose ideal para manter o interesse, pelo facto de não assentarem numa continuidade específica; cada episódio valia por si próprio, e poderia ser, na maioria das vezes, visto fora de sequência. Antigamente, víamos nas séries de televisão escapatórias mais levezinhas e curtas para o que tínhamos no cinema. Hoje, já não é uma escapatória, mas uma clara alternativa. Já deve ter acontecido a todos olhar para os filmes que estão em cartaz e não apetecer ver nenhum.
Se é verdade que nos apercebemos que, cada vez mais, a televisão está na vanguarda da qualidade (mas se ela não for bem gerida, pode estragar a matéria-prima), também sabemos que muito importante é também saber que nem todas as séries podem durar mais do que umas tantas temporadas. Veja-se o caso de Prison Break: uma premissa extraordinária, uma primeira série soberba, mas que a partir da terceira tornou-se repetitiva, aborrecida e desnecessária. Também 24, da qual confesso que não sou fã, tem uma premissa muito boa, mas que acusa um cansaço, porque já não há história que aguente, ou verosimilhança que valha. Lá está uma vez mais: as séries cuja continuidade está mais justificada são aquelas que novelizam a história. Grey’s Anatomy é um claro exemplo, dramazecos e sub enredos podem continuar a surgir até o público se fartar, o que parece não estar para acontecer… e voltando agora ao princípio, a forma como vemos as séries, pelo menos deste lado do atlântico, é uma quebra com a tradição e com o intuito das mesmas: preferimos esperar uns meses e ver uma temporada toda de seguida, em vez de a acompanharmos semanalmente. Significa isto que vemos cada temporada como um filme numa saga, que tem entre 500 a 600 minutos em vez de 100-120.
Como tudo, isto é cíclico, acredito que daqui a uns anos, as sitcoms voltarão (em força) e que mesmo num formato de reciclagem de ideias e actores, nos irão agarrar como dantes. Se esse dia não chegar, sempre o podemos recordar nas séries que teremos em VHS, DVD, Blu-Ray ou que estiver para vir a seguir.

Up Is Down

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Supernova

Que o futuro é apocalíptico, e que o Homem sofrerá pelo próprio deslumbramento com as suas capacidades na evolução do conhecimento e da descoberta do desconhecido não é tema novo. Lá está, não será nunca assunto que revolucione, apenas o fará a maneira como se aborde.

Uma nave de emergência médica é chamada a responder a um pedido de socorro vindo de um planeta distante e abandonado. Ao chegar ao destino sofrendo de danos quase irreparáveis, a tripulação depara-se com o socorrido e uma estranha e indescritível matéria que parece atrair e modificar todos os que com ela entram em contacto. Depressa descobrem que essa matéria é mais do que um fascinante artefacto: é uma substância criada por alguém (que não chegamos a descobrir) e que tem como consequência repor ao estádio anterior, todos aqueles que são suficientemente inteligentes e desenvolvidos para a ter descoberto. É inevitável que, de forma mais ou menos ostensiva, todos os filmes cuja temática se centre na exploração espacial tenham uma grande componente filosófica; a necessidade de tal consequência é lógica: a partir do momento em que o Homem se vê num ambiente desconhecido, ou caminhando ao infinito, conjectura sempre sobre as suas origens, a sua evolução e o seu desaparecimento. As viagens são demoradas, o ambiente é claustrofóbico na sua enormidade, a racionalidade de cada um não coincide com as dos demais; uns tornam-se racionais, pragmáticos, outros selvagens ou paranóicos. Acaba por ser, no fim de contas, um estudo sobre o comportamento humano num futuro que pelas nossas atitudes se revela como um nosso passado.

Falei, a propósito do The International sobre a falta de coerência dos estúdios sobre ao tipo de filme que se quer. Quando difere da matriz sazonal ou do estereótipo do que vende, há que encomendar as necessárias alterações, mesmo que essas às vezes impliquem quase um novo filme. Supernova é um desses exemplos quintessenciais que criou um fenómeno de culto. A pré-produção demorou anos, as filmagens meses. Visto o produto final, o estúdio achou que não era o que o público queria ver. Reduziram o filme de 130 para 90 minutos. Encomendaram novas cenas de acção e inclusive chamaram Francis Ford Coppola para deixar o seu toque. O que resultou foi um filme que não obstante ter sido trucidado por alguma crítica e público, mantém um fascínio e uma coerência numa manta de retalhos. É uma obra que revisito invariavelmente e pela qual tenho um encantamento, para muitos inexplicável. Seja pela atmosfera, pela temática ou pelo arrojo (ausente, para muitos) How do we put out a fire that can burn up the stars? É com esta interrogação que Angela Bassett acaba o filme e deixa tudo em aberto, a confirmação de uma certeza fatidicamente longínqua, num cliffhanger que merecia uma acompanhada continuação. Ou talvez não.

In The Spirit Of Friendship

quinta-feira, 4 de junho de 2009

We Demand Exposure

Não, não é a Mystique, é só a nova abordagem do grupo europeu Libertas (afiliado do Movimento Partido da Terra).
Tendo as eleições europeias começado hoje no Reino Unido e na Holanda, parece que o ataque ao governo de Gordon Brown está a ser feito invocando uma política de transparência. Se terá as consequências esperadas ou não, vamos ver, mas há uma grande probabilidade, uma vez que o slogan de transparência é movido pelo escândalo que abala o Reino Unido, por suspeitas de o dinheiro dos contribuintes estar a ser gasto pelos ministros ao desbarato.
Quanto tempo é que temos que esperar por campanhas destas? Cheira-me que bastante. Mesmo com o caso Freeport, não se viu uma manif tão remotamente despida de preconceitos!

Solomon Vandy

quarta-feira, 3 de junho de 2009

100

Primeiro marco deste blog!
Não, ainda não faz um ano, mas ao fim de 8 meses cá chegámos aos 100 posts. Este marco podia ter chegado mais cedo, não fosse a minha preguiça ou falta de ideias. Mas a pouco e pouco fui escrevendo, recomendando músicas e vídeos.
Chegar aos 200, é uma promessa que não faço, é uma meta a que me proponho enquanto o tempo, a vontade, o entusiasmo e as ideias continuarem. Venham de lá, então, mais 100. Ajudem!



Where Does The Good Go?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Susan Boyle não ganhou o Britain's Got Talent, ficou em segundo lugar, na votação do público tendo sido preterida a favor do grupo Diversity que irá actuar em frente à Rainha no Royal Variety.
Se é justa ou não a vitória daquele grupo, é livre cada um de decidir; o facto é que conquistando mais uns do que outros, Susan Boyle tornou-se um verdadeiro ícone, e o seu vídeo foi dos mais vistos de sempre no Youtube. Confesso que sou daqueles que se rendeu a Boyle (se bem que a sua segunda actuação foi de menor qualidade e causou menor impacto que a primeira). Premia-la era talvez o caminho mais fácil e óbvio, mas o que cada vez está mais certo é que ela não precisou de uma vitória para ter mais notoriedade que os vencedores.