
Se é verdade que nos apercebemos que, cada vez mais, a televisão está na vanguarda da qualidade (mas se ela não for bem gerida, pode estragar a matéria-prima), também sabemos que muito importante é também saber que nem todas as séries podem durar mais do que umas tantas temporadas. Veja-se o caso de Prison Break: uma premissa extraordinária, uma primeira série soberba, mas que a partir da terceira tornou-se repetitiva, aborrecida e desnecessária. Também 24, da qual confesso que não sou fã, tem uma premissa muito boa, mas que acusa um cansaço, porque já não há história que aguente, ou verosimilhança que valha. Lá está uma vez mais: as séries cuja continuidade está mais justificada são aquelas que novelizam a história. Grey’s Anatomy é um claro exemplo, dramazecos e sub enredos podem continuar a surgir até o público se fartar, o que parece não estar para acontecer… e voltando agora ao princípio, a forma como vemos as séries, pelo menos deste lado do atlântico, é uma quebra com a tradição e com o intuito das mesmas: preferimos esperar uns meses e ver uma temporada toda de seguida, em vez de a acompanharmos semanalmente. Significa isto que vemos cada temporada como um filme numa saga, que tem entre 500 a 600 minutos em vez de 100-120.
Como tudo, isto é cíclico, acredito que daqui a uns anos, as sitcoms voltarão (em força) e que mesmo num formato de reciclagem de ideias e actores, nos irão agarrar como dantes. Se esse dia não chegar, sempre o podemos recordar nas séries que teremos em VHS, DVD, Blu-Ray ou que estiver para vir a seguir.

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