
Mas enquanto ataco o mau, louvo o bom. Entrei na sala para ver um filme que não tinha particular vontade de ver pelas razões atrás apontadas, mas confesso que passada a primeira cena, cresceu em mim um entusiasmo que se revela só com alguns filmes, assumidamente desmiolados, mas que que cumprem aquilo a que se prometem: entreter e abstrair-nos do resto; missão essa plenamente cumprida.
McG é já o terceiro realizador da saga, que traz a sua particular visão a uma história que lhe é estranha, mas na minha modesta opinião, se com o filme me diverti, a ele o devo. A precisão, crueza, firmeza e destreza com que filma as cenas de acção são sem paralelo; a todas as outras falta o que nestas transborda. É de facto impressionante ver como um realizador é capaz de reacções tão opostas dentro de um mesmo filme. Essa é simultaneamente a sua maior força, e a maior fraqueza. Mas como este é um filme em que as cenas de acção são mais e melhores que as restantes, chegamos ao último terço do filme (infelizmente, o mais fraco) com a sensação que McG nos está a levar numa viagem de verão inesquecível, que nos achamos a gostar, sem quase repararmos o quão vazia de ideias e de substância está este "enredo" tão esquematizado.
Que a porta fica escancarada para futuros capítulos, não é novidade para ninguém. Vamos é ver se o público que cada vez menos aparece, o fará para uma hitória cuja faixa etária-alvo não era nascida no seu começo.

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