O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Not Falcons Millenium, but Larsson's

Pouco depois de Stieg Larsson entregar à sua editora o terceiro volume da trilogia Millenium, morreu subitamente sem saber o êxito que teria a sua obra. Não tardou a adaptação cinematográfica desta, que agora está a dar um novo impulso à história. Este primeiro capítulo da história, agora adaptado ao cinema, (Män som hatar kvinnor) O Homem Que Odiava As Mulheres, centra-se na peronagem de Mickael Blomkvist, jornalista sueco que é contratado por um magnata para que investigue a morte de uma sua sobrinha, sucedida há 40 anos, e que até ao presente continuava um mistério. O que torna este primeiro capítulo interessante é um regresso ao bom velho género do whodunnit, mas dentro de uma família. O crime só pode ter sido cometido por um dos membros da vasta família; resta agora saber quem e porquê passadas quatro décadas. As duas horas e meias, e o ser falado em sueco, pode e será, sem dúvida um entrave ao grande público. É simultâneamente bom e mau que assim seja. Bom porque o que arruinou a grande parte das adaptações de obras de culto (falo logicamente das americanas) foi a adesão em massas, que provoca uma facilidade em florear, o que não deve ser floreado, reduzir ou cortar o relevante e banalizar o peculiar. Mau porque a probabilidade de, apesar do seu fenómeno de culto, o filme passar despercebido é grande.
As quase três horas de duração acabam por ser uma necessidade, a história não poderia ser contada de outra maneira. Se certos detalhes ou subplots fossem omitidos, retirava pujança á história e densidade às personagens. Aliás, uma duração de 158 minutos não é, de todo, um entrave a nada, quando a hstória é bem contada e tudo se desenvolve de forma fluída e natural.
Ficam-nos a faltar mais seis horas de história, nos dois filmes que aí virão. Resta é saber quando...

Warning Cry

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