
Eis que Scorcese, em 2010, resolve adaptar o romance Shutter Island de Dennis Lehanne, ensaio sobre a loucura e a esquizofrenia que trazem por arraste o terror, filmado com a paixão inconfundível do realizador de Taxi Driver. Shutter island não é um filme para todos. Não é terror simples, não é psicologia olvidável, nem é para o estômago de todos. Mais uma vez nos é dada uma lição de como embrenhar o espectador numa história, pondo-nos tão à deriva como os personagens em si, questionando tudo, não acreditando em nada, fazendo de nós detectives no limbo da sanidade, em que a solução só nos é revelada (definitavemente) quando o realizador quer.
Se há previsibilidade, é discutível; não havendo, é bom. Havendo, melhor ainda. se calhar estamos mais envolvidos do que achamos.

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