O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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quinta-feira, 19 de abril de 2012

How the mighty have fallen - Fúria de Titãs

Gosto do chamado mau cinema. Não tenho problemas em admitir que sou dos primeiros a ir ver qualquer filme fantasioso, com orçamento inflaccionado, explosões, efeitos especiais e sonoros bem doseados. Como em tudo, nem sempre há uma fórmula certa para sucesso: por mais ponderação, trabalho e investimento que se ponha num projecto, as coisas nem sempre podem resultar.

Tanto o primeiro Confronto de Titãs (2010) como esta sequela foram construídos com a mesma fórmula, ainda que com algumas alterações relevantes atrás das câmaras. Se foram essas alterações que ditaram o resultado final, não podemos ter a certeza. Se foi a fórmula e o tema já gasto que o determinaram, também pode ter tido influência. Agora, é facto que esta sequela é um monumental e repreensível falhanço. Os efeitos 3D são perturbantes, os diálogos risíveis, e o elenco largamente subaproveitado. Quando, num filme de pouco mais de hora e meia, não nos interessamos pelo desfecho final de cada personagem, nos perdemos na simplicidade da intriga e nos distraímos com a falta de eficácia global da gestão de um orçamento tão “titânico”, mais que apontarmos a incondicional culpa ao realizador Jonathan Liebesman, damos por nós a concluir que talvez não queiramos regressar a um franchise monumentalmente falhado.

Pode haver quem ache por bem dar o benefício da dúvida. Mais: quem discorde totalmente e tenha tido achado que o filme cumpriu tudo aquilo a que se propôs. Eu não sou de certeza.

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