Não sou do tempo de não haver pelo menos um computador em casa, mas era só um: lento, enorme, com um caixote a servir de monitor e uma impressora que fazia tremer a casa ao puxar pelo papel. Agora, não só há mais que um, como há-os fixos ou portáteis na ordem de quase um por pessoa. São os novos telemóveis: passámos de ninguém ter um por ser um “luxo”, para todos os termos e querermos mudar para melhor por já serem um “lixo”. Quem lê estas linhas deve pensar que raio discurso pseudo retrógrado é este vindo de alguém com 23 anos. Se falo eu já assim, o que dirão os meus pais! Mas o que é verdade é que numa altura em que qualquer um no liceu tem um portátil por sem ele ser incapaz de viver, ou os Magalhães estarem a ser distribuídos ao desbarato, ou ainda um único trabalho de liceu ou faculdade não ter (forçosamente) que ser apresentado num power point, pus-me a pensar até que ponto é que ter um computador não se tornou uma essencialidade.
É verdade que se tornou, e a Internet ainda mais. Ter um computador para jogar jogos já não serve, para isso há a playstation. Solitaire? Copas? Minesweeper? Quase já não são jogados por nós, são apenas um extra que pouco espaço ocupa no computador, que lá está para os pais e alguns avós que por eles tomaram o gosto.
Mas porquê e como chegar aos blogs depois desta conversa toda? É lógico e consequente: Tivemos computador, depois net, depois Messenger, e agora blog. Quer dizer com isto que todos terão um? Nem por sombras. Não é uma probabilidade muito menos uma obrigatoriedade, mas não deixo de defender, senão não estaria aqui, que é de uma enorme utilidade, e tal é-nos explicado pela página principal do blogger: é o sítio onde Publicar ideias, receber comentários, publicar fotografias, links de vídeos, com sorte todos eles e com graça!
Um grande dilema foi o da escolha de um título para esta singela e despretensiosa página! Quando decidi fazer um blog, fiquei tão entusiasmado com a ideia que o mais óbvio, o título, parecia ser a menor das minhas preocupações que, rapidamente, se tornou na maior pela ausência total e completa de ideias. Por uma questão de raciocínio lógico o título teria que ter alguma coisa a ver com o que eu me proponho a escrever: segundo problema. A verdade é que não me preocupei tanto com isso, a esmagadora maioria dos blogs não têm um tema definido, apesar de mais tarde ele estar presente pelo facto de o seu “dono” acabar por escrever sobre aquilo com que mais se identifica: uns por trivialidades, outros por política, gostos, hobbies ou até por uma mistura de todos eles quer por nos apetecer, quer por sermos para lá levados pelos nossos amigos, colaboradores ou seguidores do blog.
Porquê Dialectos do Cid? Porque não? Pode haver quem por aqui venha parar por engano, à procura de trivialidades sobre o artista, sai daqui enganado. Pode, de qualquer maneira, e com sorte, vir a gostar das parvoíces que eu vou aqui publicando, neste dialecto que espero não ser só meu, mas também de todos aqueles que o quiserem começar a falar e com ele se divertir.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
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3 comentários:
Peço desculpa primaço mas eu gosto muito de jogar solitário spider e não sou nenhum velho!
PS - Parabéns pela adesão!
Força para esta iniciativa amigão e benvindo aos blogs! Um grande abraço!
3 afinais:
a) afinal até pensas
b) afinal achas que o José Cid é artista
c) afinal és intelectualóide
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