
Os meios de comunicação social acabaram de anunciar a morte de José Saramago. Num pequeno país como o nosso, em que as figuras de renome intrenacional são escassas, o desaparecimento do nosso único prémio Nobel vai ser amplamente noticiado. Pela polémica das suas obras e pelo extremismo das suas posições os mais variados comentários começam, desde já a surgir, não deixando de ser ouvidos alguns totalmente desnecessários.
O que me leva a escrever sobre a morte de Saramago não se prende com qualquer espécie de concordância com as suas posições nem pela sua ncessidade de polémica que parecia aumentar quantas mais fossem as reacções de protesto. Não concordo em nada com as posições políticas de Saramago, muito menos tolerava a forma detractora e arrogante como atacava aquilo com que não concordava e de que não fazia parte. Não gosto dos livros que escreveu que fui forçado a ler, nem daqueles que tentei e desisti. Com a excepção d' O Ensaio Sobre a Cegueira. Admito que não o li de forma contínua, mas a metáfora criada pelo autor é soberba e a escrita, a espaços quase imperceptível, só aprofunda a confusão e o pânico dos personagens desta história. A empatia que tinha por Saramago fica-se por aqui.

1 comentário:
Caro Vasco, não foi só um Saramago que nos deixou. Foram todos aqueles que se esconderam atrás dos seus livros. Eu fui um deles. E também eu não o aceitava. Com Blumunda levantei o véu...até hoje.
Também não concordava com alguns temas que o apaixonavam. Aprendi a ter outra leitura, menos agressiva e mais tolerada.
Cresci e então?
Enviar um comentário