
A primeira pessoa que nos ajudou, uma senhora que acabava de estacionar o carro em que trazia toda a família, imediatamente chamou o filho para dizer quais os sítios ideias para ir. Como percebeu que tínhamos pouco tempo para ter uma ideia da cidade, convidou-nos, primeiro, para jantar e depois convenceu o filho a fazer de cicerone, numa rápida mas completa excursão. Singapura é uma cidade como nunca tinha visto; de uma organização e civilização gritantes, em que o mais simples dos habitantes está disposto a ajudar. É pouco vulgar chegar a um sítio tão estrangeiro e imediatamente sentir uma empatia pelo local, pela arquitectura e pela originalidade de tudo o que nos rodeia. À falta de melhor palavra, Singapura é isso mesmo, uma cidade original.
Depois de uma visita guiada que durou até às 2 da manhã, tivemos que voltar ao hotel para dormir um par de horas, tomar um duche e preparar para mais 4 horas de voo direito ao destino final.
Se tive e tenho dificuldades em descrever, no seu todo, a rápida mas esmagadora impressão que tive da minha anterior paragem, não me sinto mais inspirado para descrever a última. Dili não foi o destino desejado se me fosse dada a escolha, tão pouco era um destino hipotético. Foi uma surpresa que obrigou a 3 semanas de mentalização até à partida. Aterrado no outro lado do mundo, a quase meio dia de distância de todos e tudo o que me é próximo, não podia estar numa apatia maior. Não obstante a enorme comunidade portuguesa, a diversidade de nacionalidades e uma cultura que ainda mostra muitos sinais da nossa influência, o encaixe num destino longínquo e tropical como este é (não redundantemente) estrangeiro.
Timor, na boca dos que já o viveram, é um país que constitui uma experiência de vida única, com uma energia e uma vida singulares que supera qualquer expectativa que se possa ter formulado. É uma experiência cuja energia e vida estou à espera de receber.
Sem comentários:
Enviar um comentário