O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

The Timor Experience; Parte 1 - Inov?


Pela segunda vez na vida, achei por bem investir na internacionalização. Cada vez mais me convenço que, mais do que uma vontade de viver uma realidade diferente e viajar facilitadamente, é uma predisposição ou inclinação para ir viver no estrangeiro.

Nos tempos idos de Erasmus, tinha como critério que o lugar que escolhesse para estudar por seis meses fosse o mais longe ou diferente de Portugal possível; evitei, por isso, Espanhas e Franças. Depois de 6 meses na Áustria, a missão a que me tinha proposto, estava plenamente cumprida. Uma experiência única, amigos com quem mantenho contacto regular e um arrepio na espinha a cada vez que penso voltar. Foi um sítio que me disse muito, que me obrigou a crescer e onde criei hábitos que hoje, 4 anos depois, vejo-me a manter.

A faculdade acabou, a vida de trabalhador começou, a vontade de voltar para o estrangeiro não morreu. Além da vontade, nem os motivos são os mesmos. Assim, increvi-me no prgrama Inov-Contacto, para tentar, uma segunda vez e em moldes não tão diferentes, vir para o estrangeiro. Sabia que, profissionalmente, os destinos para os quais pudesse ser "enviado", não coincidiriam com os que pessoalmente eram os eleitos.
A cerimónia de informação dos destinos foi absolutamente única pois estava tudo em aberto; as nossas escolhas não contavam nada para a ponderação e ali, em pouco mais de uma hora e meia, comunicaram a 560 pessoas qual o seu destino para os seis meses seguintes.
O anúncio foi feito, por países, alfabeticamente. Quando acabaram a letra S e as esmagadora maioria das zonas do mundo já estava coberta, não conseguia já imaginar onde seria colocado; só me passava pela cabeça "Zimbabwe"
Quando anunciaram o meu nome, associado a Timor-Leste, fiquei num estado de abstracção total e absoluta. Estava longe de o considerar como um destino possível, longe de o considerar como um destino apetecível e em 10 segundos que pareceram dez horas, tudo me passou pela cabeça.

Quando alguém se candidata a um programa como estes, tem que haver a mentalização de que podemos ser colocados em qualquer parte do mundo, mais do que isso, temos que nos conformar com esse destacamento e acatá-lo. Agora, já chegado ao destino, e iniciada a adaptação, resta aproveitar, ou tirar o melhor partido, desta experiência.

Ditto.

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