
A história de Alice No País das Maravilhas faz parte do imaginário infantil de qualquer um, porque o insano mundo criado por Lewis Carroll é suficientemente eclético para angariar crianças pela sua componente infantil, e adultos que o encaram como um elaborado estudo psicológico.
A adaptação de Burton não é um remake, nem uma sequela, mas antes uma revisitação do mundo, que pela sua estrutura acaba por ser ambos. Mas a maior característica deste Alice é que Burton conseguiu a proeza de fazer o espectador sair do cinema sem saber se gostou ou não, tal como um sonho. As falas, o humor, os eventos e as personagens são de tal maneira non-sense que só num filme em que a própria personagem constantemente se pergunta se está num sonho ou não, fazem sentido. Mas feitas contas, Alice é um filme que vale a pena pelo que se vê, e não pelo que se ouve. O desvaire é típico de Burton e, portanto, irrepreensível (se bem que as suas antigas colaborações com Rick Heinrichs, eram bem melhores) tudo o resto é uma diversão adequada, numa linha pouco fiel à história original que tem no seu centro a apagada Mia Wasikowska no papel de Alice, e a irrepreensível Helena Bonham Carter como a rainha DE COPAS.

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