O Duelo de Titãs não atrai público ao engano. Quem esteja minimamente familiarizado com a história, não pode estar à espera de ver um filme verosímil, "sério" ou profundo. Se a história do choque entre Zeus e Hades, deuses rivais, que disputam a posição de supremacia da Terra, jogando os humanos como peões não for conhecida de todos, então o próprio poster do filme avisa que só lá deve entrar quem estiver disposto a deixar-se divertir. Não posso dizer que gostei do Choque de Titãs pela profundidade da história, que é nenhuma, pela verosimilhança, que também é inexistente, ou pela qualidade das actuações que é bastante duvidosa; gostei de Choque de Titãs por ser exactamente aquilo que promete e deve ser. Gostei da parvoíce, da energia, da diversão. O esquematismo da história e dos eventos não estorvam, os clichés são inevitáveis e inofensivos e a sensação de tongue-in-cheek é uma mais valia.
Por outro lado, O Duelo de Titãs é o mais recente caso em que os produtores resolveram, à ultima da hora, optar por um novo compositor (a 1 mês da estreia mundial)
Ramin Djawadi foi chamado para compor uma partitura funcional e pipoqueira, em cima do joelho, quando
Craig Armstrong, que trabalhava há meses nela juntamente com
Matt Bellamy e os Massive Attack viu o seu trabalho ir por água abaixo. Se os exemplos de Timeline e Tróia serviram de alguma coisa, é que esta decisão, na maior das vezes não é benéfica. Até ouvir o trabalho rejeitado de Armstrong, não posso tomar posição, mas a julgar pelo serviçal trabalho de Djawadi, não me parece que venha estar enganado.
Scorpiox
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