O Dialecto está de cara lavada. Quer dizer, primeiro que tudo, não tem cara para lavar, tem uma imagem a renovar. Talvez não tenha passado tempo suficiente para justificar esta alteração, mas achei que, em todo o caso, o devia fazer. Fiel ao seu nome, e à minha missão, o dialecto continua a palrar as suas baboseiras, sujeitas e ansiosas de críticas, por crescer ser o mais importante. A linguagem é a mesma(não cedo ao acordo), os assuntos são os do costume, os leitores esperam-se ser os mesmos, e com sorte outros tantos que consiga entusiasmar.
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Família da Ilha Paraíso

Dois hectares de terra servem de nova casa a uma família alemã, que para cá escapou querendo criar um novo estilo de vida que leva o ser naturalista ao extremo. As crianças não vão à escola, os pais é que as ensinam; exercício físico só no trabalho, porque o desporto antagoniza as pessoas; as doenças curam-se por si só, por serem um processo de renovação do corpo humano, logo nem as crianças recebem acompanhamento médico; os alimentos não são cozinhados, porque o fogo mata a comida e se os animais comem desta maneira e não são loucos, nós tal devemos fazer, e deixaremos de o ser.

O patriarca da família é um ex guitarrista punk, que desenvolveu esta ideia de sociedade simplista, mas exigente após uma incursão quase fatal pelas drogas e pelo álcool, que só se viu curada com uma temporada entregue a si mesmo no meio da selva. Agora curado, não achou nada melhor que sujeitar toda a família ao estilo de vida que o salvou, acreditando que o pode salvar a eles também. Salvar, ao que parece, do que é ser igual a todos nós: não isolados, mas integrados numa sociedade pejada de diferenças, qualidades e defeitos que nos fizeram, afinal de contas, evoluir para o que somos hoje.

Num pequeno bocado de terra em que uma família cria as suas regras, orquestradas pelo isolamento (não total, pois não dispensam Internet e o telefone), há planos para a expansão: o patriarca quer aumentar o número de filhos de 5 para 20. O patriarca tem é que lidar com as eventuais baixas, uma vez que a matriarca fugiu para a Alemanha porque não aguentou a pressão.

3 comentários:

ravaroni disse...

o patriarca deixou as drogas? hmmm na me parece

paciencia para aturar louçãs...

Francisca CN disse...

andas a ver telejornais.... mt bem vascão!

ze pedro abreu disse...

Depois de me transformar em Marília vou viver para a Ilha do Paraíso. Eles devem adoptar.